Por um 2015 de Desapegos!






































Feliz Ano Novo!!! Heeee o/ sei que quase não apareço por aqui, pretendo esse ano, aparecer mais !

Vim aqui compartilhar um lindo texto de uma grande amiga, espero que vocês gostem, e se gostarem, compartilhem !!!! Tenho certeza que todos irão adorar!!!



O que eu desejo para 2015


Em razão de alguns finais de ano um tanto quanto conturbados que eu já passei, já não crio mais expectativas em relação a essas datas. E na verdade acho isso ótimo, pois menos expectativas, menos sofrimento. No entanto, é impossível negar que nesta época, as reflexões sobre a vida e as emoções se exaltam e mesmo os mais durões comovem-se e repensam algumas visões e se permitem viver algumas novas experiências.
Eu, como uma durona, que também é sonhadora e romântica, desejo que em 2015, nós seres humanos, possamos nos desapegar. Para explicar este tal desapego, vou contar uma historinha, há quase três anos, o meu irmão de alma, me disse, amiga, o segredo da vida é desapegar-se, quando você conseguir trabalhar esta área da sua vida, você vai encontrar uma paz indescritível. Pois então, quando escutei isso, confesso, que não compreendi da forma mais sensata, mas no fundinho do coração, acreditei nesta tal teoria, porque este meu amigo é muito sábio. E naquela época mesmo sem saber, comecei a colocar em prática a tal teoria do desapego, aceitei muitas mudanças que chegaram e realizei outras que eram necessárias. Mudei de emprego, de cidade, de país, de amores, mudei o foco da minha especialização acadêmica e muitas outras coisas... Enfim, uma nova pessoa nasceu e vem se desabrochando desde aquele dia que escutei a tal teoria do desapego.
Desapegar-se, penso eu, é um dos trabalhos mais difíceis que existe na vida, pois, somos por demais apegados a tudo, família, valores, bens materiais, dinheiro, status, carreira, amigos, fotos, livros, lugares, cheiros e pessoas. Porém, eu, no auge da minha humildade perante a complexidade humana, vos digo, desapegar-se é a elevação da alma. Como assim? Explico novamente, desapegar-se é perceber que a vida simples é mais feliz; É deixar que as pessoas que você ama, voem, pois, todos precisamos voar; É perceber que quando estamos distraidos, acontecem as melhores surpresas; É aceitar que é tempo para o novo e que o ontem precisa ficar onde está; É deixar os traumas e as dores que o mundo nos impõe em uma portinha trancada a sete chaves e sermos fortes para ultrapassar a mágoa; É perdoar, que é o segundo gesto mais difícil depois de desapegar-se; Desapegar-se é amar no meio da tempestade, pois este sim é o amor verdadeiro (explico: é preciso saber desapegar-se dos momentos maravilhosos e termos a capacidade de nos reinventarmos no meio do caos); E por final, desapegar-se é entendermos que não há sentido vivermos se não for para nos elevarmos espiritualmente e melhorarmos a cada dia. E o desapego é o primeiro passo para nossa elevação. Se você se dispôs a ler até aqui, eu te peço carinhosamente, desapegue-se você também. O caminho será longo, difícil, vai doer, mas será também surpreendente e esplendoroso. E daqui há algum tempo, você vai poder olhar para trás e dizer, nossa, como estou mais leve, como a paz cresce dentro de mim e resplandece ao meu próximo, como eu sou pequeno diante do mundo, porém não menos importante do que os demais, como existem anjinhos espalhados por este mundo, como as pessoas que amo vivem tão bem sem mim, como é bom poder mudar o rumo e encontrar um caminho ainda melhor, enfim, como é bom perceber que apesar de dura, aceitar que a vida é uma grande escola e que estamos apenas dando os primeiros passos é maravilhosamente aliviante.
Reflita, quantas guerras seriam evitadas se o desapego fosse um princípio máximo das nações. Quantas dores, nós seres humanos teríamos evitado, se o desapego tivesse sido praticado. (Em todos os aspectos de nossas vidas).
Assim, o que eu desejo para 2015 é um mundo menos desapegado, um mundo que aceite ser humilde para sentar e aprender.


Um 2015 de desapego para todos nós! 



 Autora: Handra Amorim 
Imagem: Gabriela Gervoni

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